quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Conto (quase) infantil

Esse é o caso de uma raposa fêmea e um besouro macho. Dois bichos muito próximos que sempre que podiam ficavam juntos.
- Mas juntos como? - Você poderia perguntar.
Juntos, bem juntos, parecido com a mamãe e o papai quando voltam do supermercado. Eles ficavam rindo ou conversando ou só dizendo coisas sem sentido, juntos. Um dia a raposa, que lembre-se: era fêmea, e o besouro (macho) combinaram de fazer um passeio juntos no dia seguinte. A raposa então passou a se preparar. Nem esperou o dia seguinte e já foi logo escolher a roupa que usaria, o casaquinho que combinaria com a camisa e os sapatinhos de raposa. Preparou tudo e foi dormir. No dia seguinte a raposa ficou ansiosa, como sempre ficava quando o besouro anunciava uma visita. Ela tomou café cheia de bom-humor, fez a ginástica matinal e foi ajeitar os seus bigodes de raposa. Depois, ainda passou uma pitada extra de perfume e deu uma lustrada extra nos seus sapatinhos, só para deixá-los mais bonitos para o besouro. Ela então sentou-se na cadeira e passou a observar o relógio, preocupada.
- Ora, a essas horas o besouro já estaria aqui, esticando as asinhas e mexendo as patas lentamente como fazem os besouros. - Pensou a raposa.  
A raposa não entendia por que o besouro não vinha, mas decidiu tirar os sapatinhos que apertavam tanto as suas patas. Em seguida deicidiu tirar também o casaquinho já que ele era só um detalhe para combinar com a camisa cheia de florzinhas azuis. O tempo passou e a raposa achou que não teria mais importância se de repente seus bigodes não estivessem ajeitados e coçou o focinho com a pata direita. O bigode ficou mais bagunçado do que a hora do recreio na escola. Olha, para falar bem a verdade a raposa acabou se bagunçando toda. Ela enfim esticou as patinhas e deu um cochilo na cadeira. O besouro nunca apareceu. Mas também se tivesse aparecido talvez eu não estaria contando essa história, eu estaria mexendo nas asas do besouro com as minhas patas de raposa.

3 comentários:

cotia disse...

LINDO!

Lebrão disse...

Hahaha! Gostei muito!
Fiquei muito interessado em saber, alem disso, o que na verdade aconteceu com o besouro, ou, quais eram (na verdade) suas intenções. De qualquer maneira, a raposa não me pareceu confiável.

Carolina Prado Pinto disse...

❤️

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...