Para cada passo, cada suspiro, cada desgosto
Para cada sorriso, cada decepção, cada vazio
Para cada frio ou calor, amor ou abandono, para cada moça, cada amigo,
cada filho (embora ele só tenha um), para tudo que o faça mover-se
ele tem um Fernando Pessoa.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
30 de julho de 1914
Ricardo tinha dedos grossos.
E foram aqueles mesmos dedos que desfizeram o nó.
Era um nó apertado, mas foi desfeito.
O nó que amarrava a venda nos olhos de Natalia.
Natalia passou a ver o rio (e não só ouví-lo de longe).
Ela nunca mais foi a mesma.
Ricardo tinha dedos grossos,
mas era o homem mais doce que Natalia já conheceu.
E foram aqueles mesmos dedos que desfizeram o nó.
Era um nó apertado, mas foi desfeito.
O nó que amarrava a venda nos olhos de Natalia.
Natalia passou a ver o rio (e não só ouví-lo de longe).
Ela nunca mais foi a mesma.
Ricardo tinha dedos grossos,
mas era o homem mais doce que Natalia já conheceu.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Said to be wrong
I am sitting here learning about the silence. It's been so long since I last heard silence. If anyone tell me that I am scared of silence, I might agree. I avoid it. I think a lot of people do, but I even avoid it when it comes from inside of me. It's sad and it's said to be wrong. So here I am learning about the silence, and hating it even more.
Existir
A primeira vez que eu ouvi esse termo foi aos 18 anos. Um homem mais velho me falou: você é a pessoa mais nova que eu conheço que sente a dor de existir. Ele lia todos os meus textos, e achava que a maioria deles eram bobos, imaturos, inocentes, mas alguns - poucos - eram intensos demais. Demais para uma garota de 18 anos, boba, descobrindo a vida. Eu achava que aquilo que sentia era inato em todo mundo. Jamais diria que era uma dor. Uma culpa talvez? Não, acho que não. Eu apenas sentia. Hoje é completamente claro para mim: dor de existir. É exatamente isso.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Não ocupo
Sempre tentei fugir ou pelo menos me esconder da minha enorme insignificância. Mesmo dentro do meu quarto, ela - a insignificância - grita. É ensurdecedor. Tanta gente convive numa boa com ela. Eu não. Mas até que deu pra desviar. Semanas, meses. O problema é que existem dias em que ela resolve aparecer e esfregar na minha cara o tamanho do espaço que eu não ocupo. Dói ser quase de ar (e somos todos).
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